A terceira rodada de negociação da Campanha Salarial 2017 esbarrou, de novo, na intransigência da bancada patronal, que manteve a proposta de 1,73% de reajuste. Diante desse posicionamento e da decisão da categoria pela celeridade no processo, a Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) decidiu avançar, reduzindo a Pauta de Reivindicações a seis itens, em bloco, para fechamento. Ainda com o objetivo de agilizar a negociação, o Sinjope apresentou uma contraproposta de 4,5% com base na inflação apurada pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) para o Recife.
Na rodada realizada nesta terça-feira, os representantes do Sindicato das Empresas de Rádio de Televisão de Pernambuco (Sertepe) e do Sindicato das Empresas Editoras de Jornais de Pernambuco (Sejope) avançaram apenas na extensão do auxílio-funeral a pais e mães e na proposta de buscar um texto para a Contribuição Assistencial. Mas não se moveram em nada em outras propostas como a da garantia de proteção a profissionais em coberturas de risco, se limitando à possibilidade de oferta de palestras sobre segurança.
A Diretoria do Sinjope enfatizou a necessidade das empresas que lucram muito com a cobertura jornalística garantirem uma subsistência digna e a segurança do exercício profissional. Nesse sentido, a aceitação da proposta de palestras sobre segurança está condicionada à inclusão nas convenções coletivas da possibilidade de que profissionais se recusem a realizar coberturas que ponham em risco a própria vida.
O Sinjope manteve no “pacote” o posicionamento histórico contra a discriminação pelas empresas de profissionais que atuam em emissoras de rádio e TV, principalmente no Interior. Para isso, está sendo reivindicada a equiparação das diárias pagas a profissionais de rádio e TV ao valor pago a profissionais dos jornais, com a atualização pelo índice acordado. Além disso, também é reivindicada a inclusão do São João dentre as coberturas especiais.
Também foi incluído no “pacote” para fechamento de acordo que as homologações das rescisões de jornalistas continuem sendo feitas na assessoria jurídica do Sinjope. Diferentemente do que sugere a lei da “reforma trabalhista”, estabelecendo que a homologação possa ser feita pelas empresas, a Diretoria considera fundamental manter a assistência para a proteção dos direitos e garantia de que profissionais não sejam lesados. A próxima rodada de negociação será realizada às 10 horas do dia 18, na sede do Sertepe.
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